Rio - A presidenta Dilma Rousseff disse que o presidente norte-americano Barack Obama os Estados Unidos investigará as denúncias de espionagem a própria presidenta e a seus assessores diretos. A informação foi passada nesta sexta-feira pelo perfil no Twitter do Blog do Planalto, da Presidência da República.
"Obama assumiu responsabilidade direta e pessoal pela investigação das denúncias de espionagem", disse Dilma. "O presidente Obama se comprometeu a responder ao governo brasileiro até quarta-feira o que ocorreu".
Nesta quinta-feira, Dilma cancelou a viagem de uma equipe do governo que ajudaria a preparar a cerimônia em que a presidenta seria recebia no país norte-americano com honras de Estado. O encontro entre os dois deverá ser remarcado para uma data ainda não definida.
"A minha viagem a Washington depende das condições políticas a serem criadas pelo presidente Obama". A presidenta Dilma dará entrevista na sexta-feira, em São Petersburgo, onde está para o encontro do G20, antes de retornar ao Brasil.
No último dia 2, Dilma sinalizou a possibilidade de adiar ou até mesmo cancelar a visita, marcada para 23 de outubro. Em meio às denúncias de espionagem, envolvendo dados pessoais dela e de assessores, a presidenta avalia a situação. Mas, oficialmente, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, evitou comentar o tema.
Antes da visita de Dilma aos Estados Unidos, ela deve participar, em Nova York, no próximo dia 24, da Assembleia Geral das Nações Unidos, como convidada, sem caráter de chefe de Estado.
O último brasileiro recebido com honras de chefe de Estado nos Estados Unidos foi o então presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1995. A honraria é concedida pelos norte-americanos a raras autoridades, pois envolve uma série de situações relacionadas ao cerimonial.
Pela previsão anterior, Dilma seria recebida na Casa Branca com um tapete vermelho e homenageada com um jantar de gala. Também terá momentos de retribuição às homenagens que receberá, como ao depositar flores no obelisco – monumento em memória aos heróis de guerra.
Em maio, quando o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, foi a Washington (Estados Unidos) e esteve com o secretário de Estado, John Kerry, ficou definida a data da visita de Dilma.