São Paulo - A Polícia Federal desencadeou nesta quinta-feira a Operação Corredeira, com o objetivo de apurar supostas fraudes em benefícios por meio de um escritório de assessoria previdenciária desenvolvidas em Itupeva-SP. A Operação é resultado da Força Tarefa Previdenciária em Campinas, composta pela Polícia Federal, Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal.
O inquérito policial iniciou-se em janeiro de 2011, a partir de relatório de informações encaminhado pelo Ministério da Previdência Social. O período investigado foi de 2006 a 2013. Participaram do cumprimento dos mandados 17 policiais federais e seis servidores do Ministério da Previdência Social.
Os intermediadores (dentre eles um conhecido político de Itupeva), ao requererem os benefícios previdenciários, apresentavam declarações falsas de composição de renda e grupo familiar, bem como de deficiência física, a fim de confirmar os requisitos necessários à concessão de benefícios assistenciais a pessoas deficientes e a idosos.
Segundo o Ministério da Previdência Social, o prejuízo original, sem correção, apurado até o momento, apenas pela Gerência Executiva do INSS em Jundiaí, é de aproximadamente R$ 3.858.854. O grupo foi responsável por mais de 2.400 agendamentos, dessa forma, o INSS ainda está realizando o levantamento total do prejuízo causado aos cofres públicos.
A pedido da PF, o juízo da 1ª Vara Federal de Jundiaí expediu cinco mandados de busca e apreensão para cumprimento nos municípios paulistas de Itupeva e Cajamar.
O nome da Operação faz referência ao significado da palavra Itupeva em tupi-guarani.