Rio - Todo mundo vigiando a Marina ontem, pimba, o Rio de Janeiro ganhou mais um pré-candidato a governador. Depois de costear o alambrado quietinho e de se preparar para ir para a Rede, o deputado federal Miro Teixeira virou mais um pedetista histórico a deixar o partido de Carlos Lupi. Miro se filiou ontem ao novíssimo Pros e fez subir para seis o número de rapazes a infernizar mais a vida do governador Sérgio Cabral, que quer eleger Pezão com o apoio, inclusive, do PDT.
O deputado chegou a dizer mais de uma vez que queria ser candidato. Mas Lupi, comandante-em-chefe do partido fundado pelo velho Leonel, fez que não escutava e acabou não ouvindo mesmo. Quem ouviu foi o presidente regional do Pros no Rio, o também deputado federal Hugo Leal, que fez o convite a Miro quando ele já tinha decidido sair do PDT. Foi Hugo quem propôs ao novo correligionário a corrida pelo Palácio Guanabara pelo Pros.
Enquanto isso, o deputado estadual Wagner Montes — que, aliás, também já foi do PDT — acabou ontem com o que já estava sendo considerado o quarto segredo de Fátima. Apesar de ter sido ‘assediado’ por vários partidos — incluindo o PMDB e o PT — vai ficar mesmo no PSD — partido que, por enquanto, é da base aliada ao governador.
A quem perguntou por que desistiu de trocar de legenda, tripudiou: “Ninguém me perguntava se eu queria sair do PSD. Só me perguntavam: ‘Você vai para esse? Vai para aquele?’ Eu respondia que ‘não’, e era verdade. Respondo o que me perguntam.”
Ok, perdi. E por que ficar no PSD, então? “Meu voto é independente, não acompanho bancada. O PSD sempre me respeitou e espero que continue me respeitando ‘ad infinitum’. Ninguém me bota cabresto.”
Nem na campanha? “Se vier tentar me botar cabresto, eu digo ‘não dá’.”
Não sei vocês, mas eu achei melhor não fazer mais nenhuma pergunta.