Rio - Estou desde quinta-feira achando que Romário está prestigiado demais da conta. Virou interventor no PSB do Rio depois do imbróglio com o Alexandre Cardoso; trouxe o governador de Pernambuco para seu primeiro ato público como presidente regional do partido; anda praticamente falando como estadista; refinou, mas não abandonou, a velha marra em campo.
Fui na fonte e perguntei ontem ao braço direito de Eduardo na presidência nacional do PSB, Evaldo Costa: ‘Vem cá, estou ficando louca ou é possível que Romário venha candidato a governador do Rio ano que vem?” O homem admitiu: “Sim, é um assunto que está na roda”. Evaldo explica que, a essa altura, com Marina Silva socialista, tudo é possível, mas que Romário quer mesmo é ser candidato a senador ano que vem.
Evaldo também diz que Miro Teixeira, recém-filiado ao Pros dos irmãos Cid e Ciro Gomes, é uma possibilidade real de palanque para Eduardo no Rio. Não, eu não sei se o Ciro está achando isso bonito.
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E por falar em marra, o presidente regional do PMDB e coordenador da campanha de Pezão, Jorge Picciani, tripudia quando fala da possibilidade de Romário ser candidato a governador: “Quanto mais candidato fora da aliança, melhor.” Picciani se refere à união de partidos que está em torno da candidatura de Pezão, que, segundo ele, vai fazer 20 deputados federais — 10 do PMDB, sete do PSD e três do PP. Na bancada estadual, ele aposta que o PMDB fará 18.
Picciani diz que a movimentação de Marina, no Rio, “fortalece o PMDB e praticamente sepulta a candidatura Lindbergh”. E encerra a conversa enigmático: “E aí, José, se acabarem com seu Carnaval?”
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Pré-candidato ao governo do Rio pelo DEM, Cesar Maia é outro que tripudia: “Romário é só querer e desistir do Senado.” Sobre Marina, o ex-prefeito avalia que sua filiação ao PSB “intensificará a tendência de pulverização para governador” no Rio. E arrisca: “Quem passar de 15% pode encomendar o terno para disputar o segundo turno.”
Aí, não
De um doce político, praticamente um poeta, que foi muito assediado por um monte de partidos até sábado: “Eu virei aquela noivinha que todo mundo queria pegar, mas ninguém queria levar pra jantar, pagar um vinhozinho...”