São Paulo - Agentes da Polícia Federal deflagraram na manhã desta sexta-feira, dia 18, uma operação que busca provas contra um suposto esquema de uso de diplomas de medicina e documentos falsos com objetivo de obter a permissão para exercer a profissão no Brasil por meio do Programa Mais Médicos, do governo federal.
As investigações tiveram início após a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) informar que manteve contato com as universidades bolivianas (Universidad Nacional Ecológica – UNE, Universidad Técnico Privada Cosmos – UNITEPC e Universidad Mayor de San Simon – UMSS), as quais confirmaram que dentre os inscritos no programa de revalidação, 41 pessoas nunca foram alunos ou não concluíram a graduação nessas instituições.
Ao analisar os documentos encaminhados pela UFMT, a Polícia Federal constatou que, dos 41 inscritos no programa de revalidação, 29 foram representados por cinco advogados ou despachantes, que teriam sub-rogado outras pessoas para realizar a inscrição dos supostos médicos.
Os acusados serão intimados para prestarem esclarecimentos, podendo ser responsabilizados pelos crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica.
Foram deferidos, pela 7ª Vara Criminal da Justiça Federal/MT, 41 mandados de busca e apreensão, que estão sendo cumpridos em 14 Estados da Federação (MT, AC, AL, AM, BA, CE, MA, MS, PR, PB, PE, RO, RS e SP).