Rio - O almoço ontem do presidente nacional do PT, Rui Falcão, com o governador Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão, ambos do PMDB, não distensionou a relação entre os partidos, amarrados pela aliança, mas com pré-candidatos ao governo do Rio. Apesar do clima de cordialidade quando Rui e Pezão falaram, separadamente, com jornalistas, ninguém cedeu. E o líder petista deixou brecha para mais negociação, lembrando que a prioridade do PT será sempre a reeleição da presidenta Dilma Rousseff.
“Falamos sobre a importância da aliança nacional entre PT e PMDB. Não foi necessário reafirmar a candidatura do Lindbergh, o governador a respeita. Lindbergh é nosso candidato, mas a prioridade é a reeleição da Dilma. Hoje, a realidade é que há dois candidatos, mas ele (Cabral) preferia a aliança”, avaliou Rui. Segundo ele, não há orientação para a bancada do PT fazer “oposição sistemática” ao governo na Alerj. O PT do Rio deve sair do governo Cabral no dia 30 de novembro. Deve.
Pezão iniciou conciliador: “A gente tem consciência da importância da aliança. Faremos esforço para mantê-la. É uma aliança que foi o segredo do sucesso do Rio e ainda tem muitos frutos para dar ano que vem.” Mas marcou posição: “Não abro mão da candidatura. O PMDB tem a maioria das prefeituras do estado, e a prefeitura do Rio.”
