São Paulo - Se fossem hoje as eleições, a presidenta Dilma Rousseff venceria a disputa em 1º turno em diferentes cenários, segundo o Ibope. Levantamento divulgado ontem pelo instituto mostra que, num quadro que atualmente aparece como o mais provável, a presidenta ganharia a corrida com 41% das intenções de voto, tendo como adversários o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), 10%, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), 14%. Os votos brancos e nulos somaram 22%, enquanto 13% disseram que não sabem em quem votar ou não responderam. O Ibope ouviu 2.002 eleitores entre os dias 17 e 23 em 143 cidades. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Numa simulação em que Marina Silva entra na disputa no lugar de Campos, Dilma ficou com 39% das intenções, a ex-senadora com 21% e Aécio, 13%. Com José Serra no lugar de Aécio, Dilma somou 40%, contra 18% do tucano e 10% de Campos. Em ambos os casos, Dilma venceria em 1º turno.
A presidenta também liderou a pesquisa espontânea, com 21% das intenções, no qual o eleitor simplesmente é perguntado em quem votaria se a eleição fosse hoje. Em segundo lugar, como surpresa, apareceu o ex-presidente Lula, 7%, seguido de Marina, 6%, Aécio, 5%, Serra, 4%, Campos 2% e outros, menos de 1%.
Na espontânea, brancos e nulos somaram 13% e não souberam ou não responderam 40%. Serra é o que teve o maior índice de rejeição, com 47%, Aécio, 40%, Campos, 39%, Dilma, 38%, e Marina, 31%.
O Ibope mostra ascensão de Dilma rumo à reeleição. Ela subiu três pontos percentuais em relação ao último levantamento em setembro, quando teve 38% das intenções de votos.
Apoio de imortal
No Rio, Eduardo Campos recebeu adesão de peso à sua candidatura: a escritora imortal, Nélida Piñon. O apoio aconteceu durante solenidade de lançamento do livro <MC0>‘Antônio Callado em Fotobiografia’, ontem à tarde, na Academia Brasileira de Letras. Nélida pediu para tirar foto com o governador de Pernambuco. “É para dar sorte, você sabe do que estou falando”, argumentou a acadêmica.
Callado foi um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro. Campos que deu ajuda financeira à obra disse: “Pernambuco fez apenas sua obrigação. O Brasil tem uma dívida com Callado.”