Por bianca.lobianco

São Paulo - Eduardo Marques Marchese, de 38 anos, suspeito de ter atirado na mulher, a executiva de negócios do Grupo Abril Tatiana Castro Pinho, de 36 anos, morreu na noite desta sexta-feira no Hospital de Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo, onde estava internado desde a madrugada. Segundo a polícia, Eduardo matou a mulher e atirou contra a própria cabeça após o crime.

O crime ocorreu na casa onde eles moravam, no Ipiranga, Zona Sul de São Paulo. O corpo de Tatiana foi encontrado na cama do casal, ao lado do de Marchese, que estava gravemente ferido na cabeça e tinha um revólver .38 na mão.

A PM chegou ao local por volta das 3h30 de sexta-feira. A morte de Tatiana foi constatada pela equipe médica ainda na residência. Marchese foi encontrado por policiais agonizando e chegou a ser levado para o Hospital Heliópolis, mas não resistiu.

Segundo a mãe de Marchese, Marlene Marques Marchese, ele havia telefonado por volta das 3h pedindo que tomasse conta do filho do casal, de 2 anos. Marlene disse à polícia que Marchese combinou que deixaria as chaves do lado de fora do imóvel para que ela pudesse entrar. A avó estranhou a ligação, mas atendeu o pedido do filho.

Marlene conta que encontrou o menino em um cadeira da sala, sozinho. O casal estava deitado na cama, com as marcas de tiro na cabeça.

Relação conturbada

A polícia apurou que os dois enfrentavam problemas conjugais. No dia em que foi morta, Tatiana teria ligado para sua mãe e avisado que avisaria o marido que o casamento havia chegado ao fim e "resolveria de vez a questão". Marlene, no entanto, nega que o casal estivesse em conflito.

Vizinhos disseram desconhecer brigas do casal e afirmaram que não ouviram barulhos de tiros na madrugada. "Foi um acidente, uma fatalidade. Estava tudo em ordem", diz Marlene. De acordo com ela, a criança está com uma tia.

Antes da morte de Marchese, a juíza Marcela Raia de Sant'anna, da 1.º Vara do Tribunal do Júri da Capital, havia revogado a prisão em flagrante, autuada pela Polícia Civil, porque não havia antecedentes criminais - apesar de entender que havia fortes indícios do crime. O alvará de soltura foi enviado na tarde desta sexta-feira à polícia e recebido no hospital por duas testemunhas, enquanto ele era mantido vivo pelos aparelhos. A juíza também havia determinado, por cautela, o afastamento da criança do pai.

O caso foi registrado como homicídio e tentativa de suicídio no 16.º DP (Vila Clementino). Embora a polícia tenha a tese de crime passional como a mais provável, a arma de Marchese foi apreendida.

O corpo de Tatiana foi enterrado na sexta no Cemitério do Tremembé. A família de Marchese não confirmou a data do enterro do corpo.

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