Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou o dia fazendo política em Brasília ontem. Em almoço com o bloco de aliados formado pelo PTB, PR e PSC no Senado, o antecessor da presidenta Dilma Rousseff contou que faz duas horas de ginástica por dia para se preparar para o futuro e explicou: “Em 2014, vou eleger a Dilma. Mas estou me preparando para 2018, se for preciso.”
Segundo um convidado do almoço, Lula também distribuiu farpas aos prováveis adversários de Dilma ano que vem. O ex-presidente lembrou que a ex-senadora Marina Silva (que se filiou ao PSB recentemente para se aliar ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos) está sempre à frente do socialista e do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) nas pesquisas.
“A sombra de Marina é muito maior do que a do candidato Eduardo, assim a como a de (José) Serra (PSDB) é maior do que a de Aécio”, alfinetou Lula. Quando alguém lembrou que a sombra dele próprio é maior do que a da presidenta, Lula disparou: “Se me encherem o saco, volto em 2018.”
HOMENAGEM A SARNEY
Depois, o ex-presidente participou no Senado de comemoração pelos 25 anos da Constituição de 1988. Em discurso, Lula homenageou o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), que governava o país na época.
“Ulysses Guimarães certamente foi o símbolo dessa Constituinte. Eu tenho consciência que o senhor não teve facilidade. Quero colocar sua presença na Presidência no período da Constituinte em igualdade de condições com o companheiro Ulysses Guimarães”, disse o petista. Ulysses presidia a Câmara. Lula, que era deputado constituinte do PT, de oposição ao governo, também disse ontem que a imprensa “avacalha” a política brasileira.
Ator Marcos Palmeira nega candidatura
Enquanto isso, o ator Marcos Palmeira soltou nota ontem para negar que tenha sido indicado como pré-candidato ao governo do Rio pelo PSB. Segundo o artista, sua filiação à legenda de Marina Silva significou apenas apoio à ex-senadora, que não conseguiu fundar a Rede Sustentabilidade. “Apenas participo das discussões com Marina Silva na Rede por um Brasil novo!”, diz a nota.