Brasília – O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) instaurou nesta quarta-feira um procedimento preliminar para investigar a conduta do procurador da República em São Paulo Rodrigo de Grandis, responsável pelo caso da Alstom, empresa francesa acusada pelo Ministério Público Federal (MPF) de fraude em licitação do Metrô de São Paulo.
A investigação foi aberta pelo corregedor nacional do Ministério Público, Alessandro Tramujas. O Ministério Público suíço arquivou o processo contra os investigados pelo fato de o MPF em São Paulo não ter atendido ao pedido, feito em 2011.
O MPF, em nota à imprensa divulgada segunda-feira, diz que uma falha administrativa impediu a tomada de depoimento de três envolvidos na denúncia de fraude e pagamento de propina pela Alstom. Os depoimentos foram solicitados pelo Ministério Público da Suíça, que também investiga o caso.
“Segundo apurado até o momento, em razão de uma falha administrativa, um pedido suplementar de diligências enviado pelas autoridades suíças em 2011, deixou de ser atendido até o momento uma vez que foi arquivado erroneamente em uma pasta de documentos auxiliares, quando deveria ser juntado ao processo de cooperação internacional principal”, alegou o órgão.