A interlocutores, Roseana classifica-se como perseguida da grande mídia, inclusive pela Globo. Apesar disso, conforme o iG apurou, ela ficou surpresa com o fato da emissora ter destinado, por exemplo, cinco minutos da edição da última quarta-feira do Jornal Nacional apenas para falar sobre os problemas sociais do Maranhão. Aliados da governadora informaram que ela classificou como “exagero” a exposição que o Estado vem tendo nos últimos dias.
Na reportagem de Tiago Eltz, o Jornal Nacional mostrou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão cresceu 15,3% entre 2010 e 2011. Percentual cinco vezes maior que a média nacional no período: 2,7%. Mas também revelou que esses crescimento ainda não se refletiu nos indicadores sociais. O Maranhão ainda tem a pior expectativa de vida do Brasil e que 90% dos moradores não possuem acesso à rede de esgoto.
Durante a crise no sistema prisional do Estado e das críticas pesadas contra o governo, alguns aliados de Roseana tentaram iniciar uma campanha de proteção ao Estado chamada “Eu Amo o Maranhão”. A ideia era tentar abafar as críticas por meio de um sentimento de orgulho ao Estado. Mas a campanha nas redes sociais não pegou e acabou sendo satirizada.
Da outra ponta, como estratégia de gerenciamento de crise, blogs ligados do governo do Estado também tem sido utilizados para tentar desviar o foco das críticas ao executivo e ao sistema carcerário maranhense.
Desde o início da crise, esses blogs tem desclassificado as denúncias da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e reiterado o suposto caráter “político” da crise carcerária maranhense, apontando que algumas denúncias, como o vídeo de homens decapitados, vazaram por meio de pessoas ligadas ao presidente da Embratur, Flávio Dino, principal adversário da família nas eleições de 2014.
As informações são de Wilson Lima, do iG Brasília