Por clarissa.sardenberg

Minas Gerais - Érika Passarelli foi condenada a 17 anos de prisão, em regime fechado, por planejar a morte do pai, Mário José Teixeira Filho, de 50 anos, em agosto de 2010. O pai da ex-estudante de direito seria um estelionatário e ela seria a única beneficiária caso ele morresse. A decisão judicial foi anunciada na madrugada desta terça-feira, no Fórum Edmundo Lins, em Itabiro, região central de Minas Gerais. Érika negou todas as acusações e se recusou a responder perguntas do Ministério Público.

O plano inicial seria forjar a morte do pai e dividir o dinheiro, mas Érika teria discutido com ele e mandado matar a vítima. O homem foi encontrado morto com três tiros na cabeça, dentro de um carro em uma estrada. De acordo com deníuncia feita pelo Ministério Público, o motivo do crime seria resgatar a quantia de R$ 1,2 milhão em seguros contratados pela vítima.

Érika Passarelli foi condenada a 17 anos de prisão por planejar morte do paiDivulgação / Renata Caldeira / TJMG

O depoimento de Érika durou cerca de três horas e e foi interrompido pelo juiz após tentativas da jovem de se comunicar com a plateia e os familiares. A fase conclusiva do julgamento começou às 22h30 desta segunda e se estendeu até a madrugada.

Dois réus ainda aguardam julgamento por envolvimento no assassinato. O crime teria sido executado pelo então namorado de Érika, Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz,  de 19 anos, e o sogro, Santos das Graças Alves Ferraz, de 47, que era cabo da Polícia Militar.

Diante de sete jurados,sendo quatro homens e três mulheres, três testemunhas de defesa foram ouvidas no início do julgamento. O corretor que fez o seguro de vida do pai da jovem, o padrasto dela e um a migo da família. O promotor argmentou a participação da ré como mandante do crime. Já a defesa tentou convencer os jurados que não haviam provas suficientes para a condenação. Além disso, tentou mostrar que Érika mantinha um bom relacionamento com o pai e que ele tinha muitos inimigos, contrariando a investigação da polícia.

O julgamento durou 17 horas e os jurados decidiram pela condenação da ré. A defesa já entrou com um recurso de apelação e aguarda decisão do Tribunal de Justiça sobre um novo julgamento.

Após a sessão, Érika voltou para a Penitenciária Feminina Estêvão Pinto, em Belo Horizonte, onde continua presa.





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