Por julia.sorella

Brasília - O Partido Progressista desistiu de indicar o deputado Jair Bolsonaro (PP) como candidato a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Além de não eleger mais Bolsonaro ao cargo, a cúpula do PP decidiu não disputar o colegiado. O partido divulgou ter preferência na Comissão de Minas e Energia.

A desistência aconteceu após uma reunião do PP. O partido temia um desgaste de sua imagem após o ato promovido nesta terça-feira por um grupo de universitárias ativistas, na Câmara dos Deputados, que protestaram contra a candidatura do deputado na CDH.

Deputado Jair BolsonaroReprodução Internet

As mulheres trocaram beijos e levaram cartazes com a frase "Mais amor, menos Bolsonaro". "Queremos evitar que Bolsonaro, com todo o seu histórico de racismo e homofobia, alcance a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Ele é um representante da ditadura militar. O povo brasileiro que foi às ruas não quer Bolsonaro", disse Maria Neves, estudante de história da Universidade Federal do Amazonas.

Bolsonaro é conhecido pela sua postura conservadora e de enfrentamento a movimentos homossexuais e sociais. O deputado declarou recentemente que tinha interesse em presidir a comissão e caso assumisse o cargo ia lutar pela maioria. "Eu entendo que qualquer país tem que agir pela maioria. A minoria tem que se curvar, se calar. Eu quero respeitar a maioria" declarou.

Universitárias se beijam em protesto contra BolsonaroReprodução

PT adia decisão

Em uma reunião nesta terça-feira, o PT resolveu adiar a decisão sobre a presidência da CDH para a próxima semana, e com isso continua indefinido o nome de quem será o sucessor de Marco Feliciano. Caso o PT, partido que tem prioridade na escolha da presidência das comissões, abra mão da Comissão de Direitos Humanos, outros partidos poderão assumir o colegiado.

Você pode gostar