Por bferreira

Rio Grande do Sul - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca divulgou ontem o nome de 13 vinícolas do Rio Grande do Sul suspeitas de adulterar vinhos com o uso de antibióticos. Exames feitos no ano passado encontraram, em várias amostras do produto a substância natamicina, um antifúngico que prolonga a conservação do vinho.

O chefe do Ministério no estado, José Fernando Werlang, explicou que foram feitos, no ano passado, testes em produtos de 53 empresas produtoras de vinho. Segundo ele, as empresas em que foi constatada a contaminação serão multadas e podem ser fechadas.

Ele disse que a natamicina é um produto barato e eficiente para matar germes e bactérias e na proteção às lavouras. Mas, se consumido com frequência, pode gerar no organismo tolerância a outros antibióticos.

A divulgação da lista pelo Ministério foi feita por pressão do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), depois da divulgação de constatação da contaminação. O presidente do Instituto, Carlos Paviani, criticou as empresas envolvidas e pediu punição para elas. “Esperamos que o problema seja detectado o mais breve possível e que as empresas que estão atuando irregularmente sejam autuadas”, afirmou.

Paviani disse esperar uma ação rápida do Ministério para que as adulterações “cessem imediatamente”. Segundo ele, a maior preocupação é que a divulgação da notícia sobre a contaminação comprometa a imagem de todo o setor vinícola.

EMPRESAS NEGAM

Empresas citadas pelo Ministério negaram ter adulterado seus produtos. A Cooperativa Victor Emanuel rechaçou a contaminação de qualquer de seus produtos; a Capeletti alegou que o Ministério não apresentou provas; e a VT prometeu se pronunciar na segunda-feira.

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