Por clarissa.sardenberg

Recife - O corpo do escritor, poeta e dramaturgo Ariano Suassuna está sendo velado desde a noite desta quarta-feira no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Ele será enterrado nesta quinta-feira às 16h, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, região metropolitana do Recife. Suassuna morreu nesta quarta, às 17h15, de parada cardíaca, provocada pela hipertensão intracraniana. Ele estava internado desde segunda no Real Hospital Português, após ter sofrido um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

Dilma cancela agenda e vai a velório de Suassuna, no Recife

Suassuna nasceu em 1927 em João PessoaDivulgação

Suassuna tinha 87 anos e era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1994, ocupando a Cadeira 32. Ele foi autor de dezenas de peças de teatro e de livros, sendo oAuto da Compadecida a de maior alcance popular.

Diversas autoridades lamentaram a morte do escritor. A presidenta Dilma Rousseff destacou que a literatura brasileira perdeu uma grande referência cultural, com a morte do escritor e dramaturgo. Em nota, a presidenta disse que "Suassuna foi capaz de traduzir a alma, a tradição e as contradições nordestinas em livros como Auto da Compadecida, Romance d'A Pedra do Reino e O Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta."

O presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a morte do escritor é “uma perda irreparável para a cultura nacional”. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), lamentou a morte de Suassuna e ressaltou a genialidade da obra e a grande falta que o escritor fará à cultura nacional.

O presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, e o acadêmico Evanildo Bechara representam a academia no funeral de Suassuna. A ABL determinou luto oficial de três dias. Em nota, Cavalcanti lembrou o fato de que Suassuna é o “terceiro grande acadêmico” que a academia perde no espaço de um mês – ele se refere a Ivan Junqueira, morto no dia 3 de julho, e a João Ubaldo Ribeiro, no dia 18.

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