Por leonardo.rocha

São Paulo - O chefe de polícia que comanda as investigações sobre o caso de Abdelmassih no Paraguai informou que está empenhado em descobrir a origem do documento falso usado pelo ex-médico. "Infelizmente não podemos cravar ainda, mas pelos registros no sistema informático podemos concluir que esta carta não foi feita no Departamento de Identificação. Parece ser adulterada ou falsificada ”, disse Gilberto Gauto.

O documento foi emitido em 2009 em nome de Ricardo Galeano, nascido 06 de fevereiro de 1949 em Presidente Hayes. A foto de Abdelmassih foi adicionada na identidade. A investigação visa descobrir se o ex-médico cometeu outros crimes no Paraguai.

Documento falso usado por Roger Abdelmassih no ParaguaiReprodução


O ex-médico Roger Abdelmassih, preso na última terça-feira, confirmou que usava disfarces durante o tempo todo que ficou foragido no Paraguai para tentar evitar que fosse reconhecido. Em entrevista à Rádio Estadão, Abdelmassih afirmou: “Eu não saía de casa sem a peruca e um óculos. Quer dizer, eu ficava diferente do que eu era.

Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão, chegou à Penitenciária de Tremembé II, no interior de São Paulo, às 18h40 desta quarta-feira. Foram cerca de duas horas de viagem desde a capital paulista.

Ex-referência da inseminação in vitro

Roger Abdelmassih, filho de libaneses, era considerado a principal referência para quem procurava por especialistas em inseminação in vitro. Passaram por seu consultório, no Jardim Europa – bairro nobre da capital paulista – nomes como Gugu Liberato, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, o comendiante Tom Cavalcanti, além de políticos como o ex-presidente Fernando Collor de Mello e o senador Renan Calheiros.

Uma das vítimas que foi até o aeroporto de Congonhas nesta quarta-feira garante que o ex-médico usou o próprio esperma para fecundar óvulos de algumas pacientes.

O ex-médico aproveitou um habeas corpus concedido pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, que revogou sua prisão preventiva, para fugir do Brasil.

Você pode gostar