São Paulo - Uma facção criminosa que atua dentro e fora de presídios no estado de São Paulo sorteava rifas no município de Piracicaba (SP) para custear gastos com assaltos à população e ataques contra a Polícia Militar. As cartelas eram vendidas por R$ 30 aos integrantes, familiares e outros bandidos que simpatizam com a organização. Entre os prêmios ofertados estavam imóveis e veículos.
A denúncia foi apresentada esta semana pelo Ministério Público (MP) ao Judiciário. A Polícia Civil conseguiu as informações através de escutas telefônicas entre os integrantes que atuavam dentro e fora da cidade.
A arrecadação do dinheiro com as rifas era imposta aos integrantes da cidade, que eram obrigados a comprar 20 números ao preço de R$ 30 a cada bimestre. Eram sorteados apartamentos, casas, carros e motos.
O relatório mostra ainda a participação de 10 pessoas da facção no planejamento e execução do policial militar Arnaldo Francisco de Brito, ocorrido no dia 14 de junho. O sargento morreu no hospital, oito dias após levar 13 tiros na porta de um restaurante.
Entre os 10 suspeitos presos, dois são considerados líderes.