Por tamara.coimbra

Santa Catarina - A Polícia Militar registrou mais três ocorrências, na madrugada desta quarta-feira, que podem estar relacionadas com os ataques cometidos desde a última sexta-feira em Santa Catarina. Na ocasião, houve uma tentativa de incêndio a ônibus, uma moto incendiada e uma viatura baleada, além de disparos contra a residência de um policial.

Segundo o relatório da polícia, desde a última sexta-feira foram 17 ônibus incendiados, cinco ataques a bases policiais, seis a residências de policiais, quatro a viaturas e um ataque a um posto de gasolina. Ao todo, um agente de segurança aposentado e dois suspeitos foram mortos. O relatório informa ainda que 14 suspeitos foram presos até a manhã desta quarta-feira.

Temendo a ação de bandidos, motoristas e cobradores de ônibus que atendem parte da Grande Florianópolis mantiveram os veículos nas garagens das empresas entre as 18h30 desta terça-feira e as 6h15 desta quarta.

“Trabalhadores e usuários do sistema de transportes são os que ficam mais expostos nessas situações de risco e, por isso, o sindicato alerta para que trabalhadores e usuários não reajam, nem tentem deter essas ações. Apenas saiam dos veículos, que não valem a vida de ninguém”, orientou o Sindicato dos Rodoviários (Sintraturb), em nota divulgada nas redes sociais.

Na noite desta segunda-feira, um agente penitenciário aposentado, de 49 anos, foi assassinado a tiros em Criciúma, a cerca de 190 quilômetros de Florianópolis. As autoridades apuram se a morte do ex-agente está relacionada aos ataques. Ele foi atingido pelos disparos quando fechava o portão de casa para a filha. Os suspeitos fugiram em um carro.

Segundo a assessoria da Secretaria Estadual de Segurança Pública, há várias linhas de investigação, mas as hipóteses mais consistentes sugerem que os ataques podem ser uma resposta às recentes ações policiais para reprimir e combater o tráfico de drogas, principalmente na capital. De acordo com o secretário, só este ano já foram apreendidas cerca de três toneladas de drogas. A outra hipótese é de que os integrantes de duas facções criminosas que disputam o poder no estado estejam agindo para demonstrar força e, assim, conquistar poder.

Com informações da Agência Brasil

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