São Paulo - Suzane Von Richthofen, hoje com 30 anos, procurou recentemente uma juíza para informar que abre mão de toda a herança para o irmão. O documento exibido pela reportagem do Fantástico deste domingo expõe que a jovem condenada por matar os próprios pais em 2002, em São Paulo, dispensou também o advogado que a acompanhou por todos esses anos.
De acordo com os promotores de Justiça Paulo José de Palma e Luís Marcelo Negrini, que estão acompanhando o caso, a prisão não apresenta mais um peso na vida de Suzane, detida há 12 anos pelo crime. Richthofen já recebeu o direito do regime semiaberto, para trabalhar fora do presídio e sair cinco vezes por ano para passear. Porém preferiu continuar na prisão.
No documento, com relatos da presa, mostra o pedido do afastamento de seu advogado, Denivaldo Barni. Segundo Suzane, o motivo seria a falta de segurança que sente com a "atuação de seu advogado, tanto no aspecto judicial quanto pessoal". Além disso, ela solicita que ele seja proibido de visitá-la.
Outra decisão de Richthofen surpreendeu os envolvidos, no qual ela abre mão da herança dos pais, já que o interesse pelo patrimônio era apontado como motivo do crime. Entre os bens que fazem parte da herança está a casa onde aconteceu o assassinato. O imóvel é avaliado em quase R$ 3 milhões.
Suzane solicita ainda que possa haver um reencontro com o irmão Andreas. Os dois se viram pela última vez em 2006, durante o julgamento de Richthofen, e disputavam na Justiça a herança deixada pelos pais. De acordo com informações, ela já autorizou a entrada dele na cadeia. A advogada de Andreas Richthofen, Maria Aparecida Evangelista, não quis falar sobre o assunto.
Suzane está há sete anos na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo, e aguarda a construção da ala de semiaberto onde pretende ficar até conseguir a liberdade definitiva.