Por tamara.coimbra

São Paulo - Nos últimos três dias, o nível do Sistema Cantareira caiu 0,6 ponto percentual. Nem mesmo a chuva de média intensidade ocorrida neste domingo foi suficiente para conter a queda gradual que se observa, desde o último verão, na maior estiagem da história na Região Sudeste. O tempo nesta segunda-feira está claro na capital paulista e há alguma possibilidade de chuva mais forte apenas para o último dia do mês.

Na última sexta-feira, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) passou a contabilizar o acréscimo de 105 bilhões de litros da segunda reserva técnica para o abastecimento. O bombeamento, porém, ainda não começou porque ainda restavam 28 bilhões de litros da primeira reserva técnica ou volume morto — água que fica abaixo da captação por gravidade. Com esse novo volume, o nível de operação subiu de 3% para 13,6% e, nesta segunda, já baixou para 13%.

O total de chuva acumulada no mês até domingo, de acordo com a empresa, atingiu 42,5 milímetros — bem inferior ao registrado há um ano quando tinha alcançado 119,8 milímetros. A média história está em 130,8 milímetros.

A meteorologista Helena Turon Balbino, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), informou que o calor voltará a fica intenso nesta quinta-feira, favorecendo as pancadas de chuva, efeito “do encontro da brisa do mar com o clima quente”. Mas as áreas de instabilidades mais significativas são esperadas apenas para o dia 31, com a atuação da passagem de uma nova frente fria.

Segundo a meteorologista, a chuva deste domingo registrada no Mirante de Santa, na Zona Norte da capital paulista, alcançou 11,6 milímetros, o que é pouco para influenciar a reposição do que se perdeu em captação. “Deveremos fechar o mês com um outubro muito mais seco do que em anos anteriores.”

Você pode gostar