Por victor.duarte

Rio - A Justiça italiana negou, nesta terça-feira, o pedido de extradição de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil. Pizzolato foi condenado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a 12 anos e sete meses de prisão, no Brasil, por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, o processo do mensalão. O julgamento aconteceu na Corte de Apelação de Bolonha

Os magistrados italianos alegam ter razões para supor que as condições das prisões brasileiras não atendem aos direitos humanos. O resultado divulgado, hoje, seria um resumo da decisão, que será publicada em 15 dias.

A assessoria da Procuradoria Geral da República (PGR) informou que o governo brasileiro recorrerá da decisão. Em abril deste ano, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF e ao Ministério da Justiça (MJ), solicitações de indicação de presídios para os quais Pizzolato poderia ser levado caso a extradição fosse autorizada.

Henrique Pizzolato teve pedido de extradição negado pela Justiça da ItáliaReprodução Internet

O ato atendia a uma solicitação do Ministério Público italiano e do Tribunal de Apelação de Bolonha para assegurar que, ao cumprir pena no Brasil, Pizzolato teria os direitos humanos preservados. A assessoria da PGR destacou que foram indicados três presídios, um deles o da Papuda, no Distrito Federal.

Pizzolato, com dupla nacionalidade ítalo-brasileira, foi detido em fevereiro em Modena, onde se encontrava após fugir do Brasil para evitar a pena de prisão imposta em novembro de 2012.

SAIBA MAIS:

Se for extraditado, Pizzolato ficará preso na Papuda

Condenado no mensalão, Henrique Pizzolato é preso na Itália

Mensalão: Justiça da Itália inicia processo de Pizzolato

O ex-diretor do Banco do Brasil permanecia escondido, junto com sua mulher, na casa de um sobrinho e estava em posse de um passaporte falso com sua fotografia e com os dados de um irmão falecido, motivo pelo qual também responde na Itália por um delito de falsidade ideológica.

Segundo as investigações, Pizzolato chegou à Itália depois de passar pelo Paraguai com o objetivo de ser julgado de novo por um tribunal italiano que, segundo ele, "não aceita as imposições dos empresários brasileiros".

Com informações da Agência Brasil e EFE

Você pode gostar