Por tamara.coimbra

São Paulo - O Ministério da Saúde começou a medir a temperatura de viajantes que chegarem ao Brasil vindos da Guiné, Libéria e Serra Leoa, países da África Ocidental com epidemia de ebola. O primeiro aeroporto contemplado foi o de Guarulhos, em São Paulo. Até o fim de novembro, o Galeão, no Rio, e os aeroportos de Brasília, Campinas (SP), Fortaleza (CE) e Salvador (BA) também vão colocar em prática as ações de contenção à entrada do vírus no país.

Ao desembarcar, o passageiro será entrevistado para sondar possíveis contatos com pessoas infectadas. Se ele revelar que esteve com doentes, equipes de vigilância irão monitorá-lo e medir sua temperatura diariamente por três semanas — tempo máximo que o vírus fica incubado antes de os sintomas aparecerem e o paciente começar a transmitir a doença.

Além destes cuidados, os viajantes vão receber informações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e orientações quanto ao que fazer em caso de aparecimento de sintomas da doença no prazo de 21 dias. “A medida assegura que o paciente chegará ao SUS já com ficha de informações e ciente de que receberá atendimento gratuito”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a ação, também adotada nos Estados Unidos e na Inglaterra, é um complemento ao combate à disseminação do ebola. “A medida mais efetiva continua sendo a interrupção da transmissão nos países afetados”, comentou.

O Aeroporto de Guarulhos foi escolhido para o início das operações porque concentra 78% das chegadas de habitantes de Guiné, Libéria e Serra Leoa. Sem voos diretos, apenas 529 viajantes destes países chegaram ao Brasil neste ano.

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