
Até o início da noite desta terça-feira, a Polícia Federal tentava localizar outro integrante da quadrilha, que seria responsável pela lavagem do dinheiro do grupo e mora em Umuarama. Segundo o delegado da Polícia Federal Vinícius Faria, a cidade paranaense era o quartel-general da quadrilha.
Faria disse que o grupo distribuía drogas nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Rondônia e Mato Grosso do Sul. Além disso, usava o estado da Região Norte com base para enviar para a Europa cocaína trazida do Peru e da Bolívia. De acordo com a Polícia Federal, a droga era enviada principalmente à Espanha, escondida em meio à madeira de casas pré-fabricadas, em contêineres que saíam de Porto Velho.
O delegado contou que as investigações começaram em fevereiro quando foi descoberto que uma fazendeira de Umuarama recebera um carregamento de cocaína. A droga era transportada em carretas, escondida em meio a cargas de madeira.
A partir de abril, os policiais passaram a investigar um empresário de Umuarama cujo enriquecimento em curto espaço de tempo foi considerado suspeito. “Verificamos que ele adquiriu milhares de cabeças de gados, helicóptero, avião, apartamento de luxo em Umuarama e Londrina”, disse o delegado Vinícius Faria. A partir das investigações, foi descoberto que o dinheiro vinha de uma grande estrutura que sustentava uma rede de tráfico de entorpecentes internacional passando por cidades do interior do Brasil.