Por joyce.caetano
São Paulo - Daniel Cravinhos vai se casar com a filha de uma agente penitenciária no próximo sábado. De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo divulgada neste domingo, ele aproveitará os dias de liberdade no recesso de Natal e Ano Novo para subir ao altar. Daniel foi condenado a 39 anos de prisão em 2002 por matar os sogros Manfred e Marísia von Richthofen, pais da sua então namorada Suzane.
Daniel e Alyne ficaram noivos em agosto deste ano. Foto foi publicada na internet pela sogra de CravinhosReprodução / Facebook

Daniel, de 33 anos, cumpre pena em regime semiaberto. Ele e sua noiva, a biomédica Alyne da Silva Bento, de 27 anos, se conheceram em novembro de 2012, quando ela foi ao presídio de Tremembé para visitar um irmão preso por participar de um roubo. Daniel e Alyne ficaram noivos em agosto deste ano. Quando foi liberado para passar o Dia dos Pais fora da cadeia, Daniel pediu a mão da biomédica. 

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Em outubro, em nova saída de Daniel da cadeia, os dois escolheram a data do casamento. Daniel será liberado da prisão no dia 24 e retornará em 5 de janeiro.
Como não pode ficar na rua a partir das 22h - caso contrário perde o direito ao semiaberto - Daniel marcou a cerimônia para o turno da manhã. A bênção será dada por um pastor e, em seguida, os noivos oferecerão um churrasco ao som de um DJ.
Daniel (centro) entre o irmão Cristian e Suzane von RichthofenAgliberto Lima / Arquivo
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Apaixonada por uma outra detenta
Condenada a 38 anos e seis meses de prisão pela morte dos pais, Suzane von Richthofen se tornou evangélica na cadeia, desistiu de lutar pela herança, tenta se reaproximar do irmão e, desde setembro, está casada com Sandra Regina Gomes.
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A mulher de Suzane foi condenada a 27 anos de prisão pelo sequestro e morte de um adolescente em Mogi das Cruzes (SP) e era casada com Elise Matsunaga, presa por matar e esquartejar o marido Marcos Matsunaga, em 2012. O relacionamento terminou por conta do envolvimento de Sandra com Suzane. As três trabalhavam na fábrica de roupas da cadeia, onde Suzane ocupa cargo de chefia.
Para ter o direito de dormir com Sandra, Suzane teve que assinar um documento de reconhecimento afetivo, exigido a todas as presas que resolvem viver juntas. Com esse documento, trocou a ala das evangélicas, que ocupava em Tremembé, e passou a habitar a cela das presas casadas, onde divide espaço com mais oito casais. O casamento é apontado como um dos motivos para ela ter aberto mão do direito de passar os dias fora da prisão, já que em agosto a Justiça lhe concedeu a chamada progressão de regime.
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