Por joyce.caetano
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff anunciou 13 nomes que ocuparão ministérios em seu segundo mandato, a partir do dia 1º. A lista saiu após intensas negociações com representantes de partidos da base aliada do governo no Congresso.
A maioria das indicações já era esperada, como a da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), presidenta da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) e líder da bancada ruralista. Ela será a ministra da Agricultura, apesar da insatisfação de setores do PT.
Cid Gomes é anunciado como Ministro da EducaçãoAgência Brasil

Também foi confirmada a nomeação de Cid Gomes para o ministério da Educação. O atual governador do Ceará, irmão do ex-senador Ciro Gomes, foi premiado por ter deixado o PSB para não apoiar a candidatura do socialista Eduardo Campos, que morreu durante a campanha e foi substituído por Marina Silva.

Outro que chega ao ministério como resultado do engajamento na campanha de Dilma é Gilberto Kassab. O ex-prefeito de São Paulo, presidente nacional do PSD, vai comandar o poderoso Ministério das Cidades.

A relação anunciada por Dilma Rousseff confirma também a forte presença do PMDB no futuro governo. O partido do vice-presidente Michel Temer terá seis ministros (veja a lista completa no quadro ao lado).
Dos nomes anunciados ontem, um já é ministro, Aldo Rebelo (PCdoB), que vai trocar o Ministério do Esporte pelo da Ciência e Tecnologia. Ele continua no ministério porque seu trabalho de coordenação das obras e durante a Copa do Mundo foi aprovado por Dilma. Aldo será substituído por George Hilton, do PRB de Minas.

Na lista está apenas um petista: o governador da Bahia, Jaques Wagner. Ele substitui, no Ministério da Defesa, Celso Amorim. Eleito deputado federal três vezes e ministro do Trabalho e Emprego no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Wagner comandou em seu estado a campanha da Dilma e a ajudou a conquistar 70% dos votos no segundo turno contra o tucano Aécio Neves.

A relação marca ainda a perda de influência do senador José Sarney. Indicado por ele, o atual ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, cederá seu cargo a Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas.

Pesou contra Lobão o fato de seu nome aparecer numa lista, divulgada pelo jornal Estado de S.Paulo, de 28 políticos que teriam sido citados, em delação premiada, pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Lobão, segundo Costa, seria um dos beneficiários de propina pagas por empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Também incluído na lista de Costa, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), divulgou nota ontem informado que pedira a Michel Temer que seu nome fosse retirado da lista de indicados por seu partido. Ele era cotado para o Ministério da Previdência.

OS INDICADOS

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Aldo Rebelo (PCdoB) — Ciência Tecnologia e Inovação
Cid Gomes (Pros-CE) — Educação
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Edinho Araújo (PMDB-SP) — Secretaria de Portos
Eduardo Braga (PMDB-AM) — Minas e Energia
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Eliseu Padilha (PMDB-RS) — Aviação Civil
George Hilton (PRB-MG) — Esporte
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Gilberto Kassab (PSD-SP) — Cidades
Hélder Barbalho (PMDB-PA) — Secretaria de Aquicultura e Pesca
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Jacques Wagner (PT-BA) — Defesa
Kátia Abreu (PMDB-TO) — Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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Nilma Lino Gomes — Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial
Valdyr Simão — Controladoria Geral da União
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Vinícius Lajes — Turismo