Por paulo.lima
Rio - A manhã desta quarta-feira foi marcada pela greve de aeroviários pelos aeroportos de todo o Brasil, o que causou atrasos e cancelamentos de alguns voos. A paralisação causou transtornos nos principais aeroportos do Brasil, como Guarulhos, Galeão, Congonhas e Salgado Filho, em Porto Alegre e Juscelino Kubitschek, em Brasília. A paralisação dos funcionários começou às 6h desta qurta-feira e foi até às 7h.
No Rio%2C a paralisação afetou até o acesso ao GaleãoOnofre Veras / Agência O Dia


No Rio de Janeiro, os aeroviários paralisaram o Aeroporto do Galeão, ocupando o saguão principal e parte da Avenida 20 de Janeiro, o que causou transtornos no trânsito até a Linha Vermelha, em direção à Ilha do Governador. Segundo a concessionária RioGaleão, foi acionado um plano de emergência "a fim de mitigar ao máximo os impactos nos serviços do aeroporto". No total, dos 17 voos previstos no horário da greve, dois sofreram atrasos e um foi cancelado.

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A situação não ficou diferente nos principais aeroportos de São Paulo. Em Guarulhos, principal aeroporto do país, centenas de funcionários se reuniram no saguão principal, mas não foi relatado nenhum tipo de violência durante o protesto. De acordo com a Gru Airport, empresa que administra o aeroporto, dos 18 voos que estavam previstos para partir no período entre 6h e 7h, 10 sofreram atrasos superior a 30 minutos, mas não houve registro de cancelamentos.

Em Congonhas%2C cerca de 500 funcionários aderiram à greveDivulgação / Sindicato Nacional dos Aeroviários


Em Congonhas, houve manifestação pacífica no saguão principal, mas o atendimento aos passageiros não chegou a ser afetado e seguiu normalmente pelas companhias aereas. De acordo com a assessoria, das 20 partidas previstas no período da manifestação, duas sofreram atrasos e quatro tiveram que ser canceladas.
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Houve registro de manifestação também no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, que não chegou a fechar e teve 80% dos funcionários trabalhando. No período da greve, houve 13 partidas previstas da cidade do interior paulista. Destes voos, cinco partiram com atrasos e outros cinco precisaram ser cancelados devido a greve, que ocorreu no saguão principal do aeroporto.
Na capital federal, o Aeroporto Juscelino Kubitschek também sofreu com a paralisação dos aerovários. De acordo com a empresa que administra o aeroporto local, Inframerica, durante o período da greve, 14 voos estavam previstos para partir de Brasília. Destes, sete registraram atraso superior à meia hora, tanto na decolagem quanto na chegada à cidade. Não houve registro de cancelamentos.
Aeroviários também fizeram paralisações no Aeroporto Juscelino Kubitschek%2C em BrasíliaDivulgação


A greve de aeroviários foi registrada também no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, onde a manifestação ocorreu no saguão principal, em frente a sala de embarque. Segundo informações da assessoria de imprensa, não houve partidas durante o período da manifestação e quatro voos foram cancelados, mas um plano de contingência foi ativado para que os passageiros fossem avisados dos seus voos e seguirem normalmente para as aeronaves. Não houve nenhum registro de confusão durante a paralisação.

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Situação diferente em Salvador, onde não houve nenhum registro de manifestação. De acordo com o Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, 54 voos foram previstos no período entre 0h e 10h e, destes, apenas 100 voos registraram atrasos de apenas 20 minutos. Não houve confirmação se os atrasos foram causados pela greve.
A paralisação nacional dos aerovários foi causada, segundo o Sindicato Nacional dos Aerovários (SNA), devido ao que a categoria chama de 'causas sociais', como folgas, manutenção da jornada de trabalho e tempo de sono. Estes fatores são os que os funcionários denominam 'gerenciamento de risco de fadiga'.
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Além disso, houve uma reivindicação salarial de 8,5%, diferente dos 6,5% previstos pelas companhias aereas. Entre outros fatores, o sindicato também luta pela limitação de trabalho em madrugadas consecutivas, pagamento para jornadas semanais acima de 44 horas e remuneração das horas de solo.
Reportagem de Paulo Lima