Por victor.duarte
São Paulo - Duas jovens entraram com uma ação na Justiça de São Paulo contra o deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP). Elas foram detidas e retiradas de um culto evangélico realizado por Feliciano após se beijarem. Elas pedem uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais. O caso ocorreu em setembro de 2013, durante o culto em São Sebastião, no litoral paulista.
Sob aplausos dos evangélicos, Marco Feliciano não poupou palavras após a prisão das estudantes. "Essas duas precisam sair daqui algemadas". Joana Palhares, de 18 anos, e Yunka Mihura, de 20, foram algemadas por agentes da Guarda Civil Municipal e encaminhadas ao 1º Distrito Policial de São Sebastião.
Marco FelicianoReprodução Internet

De acordo com Talma Bauer, chefe de gabinete do deputado, Feliciano já foi informado do processo e está tranquilo. Talma ainda alegou que "as jovens estavam seminuas, montadas nas costas de dois homens e que estão fazendo o Judiciário perder tempo".

Joana denunciou que foi jogada na grade e depois agredida por três guardas embaixo do palco. Yunka disse não ter disso agredida, mas se sentiu impotente enquanto a outra jovem apanhava.

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Após a prisão, Marco Feliciano se dirigiu aos fiéis e comparou as jovens a um "cachorrinho". "Ignorem, ignorem. Cachorrinho que está latindo é assim, você ignorou, ele para de latir", afirmou o pastor.
Joana passou por exame de corpo delito, onde foram encontrados hematomas nos braços e pernas. Segundo o advogado das estudantes, a situação foi uma afronta gravíssima aos direitos humanos e ao direito à livre expressão.