Dilma defende correções na economia e garante direitos trabalhistas
Em reunião com 39 ministros, presidenta fez primeiro discurso desde a posse
Por paulo.lima
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff realizou seu primeiro discurso ministerial após ser empossada na tarde desta terça-feira, na Granja do Torto, uma das residências oficiais da presidência da república, localizada em Brasília. Na reunião, todos os 39 ministros compareceram, mas não falaram com a imprensa antes do pronunciamento da presidenta.
Dilma começou seu discurso por volta das 16h30 com uma mensagem para os ministros ali presentes. "A minha primeira recomendação para vocês [ministros] é trabalhar muito para que nós possamos dar sequência ao projeto político que implantamos desde 2003, e que sabemos que o Brasil mudou para muito melhor", disse a presidenta, que começou o discurso falando sobre os ajustes econômicos no Brasil.
"Os ajustes que estamos fazendo são necessários para manter o rumo preservando as prioridades sociais que iniciamos há 12 anos. As medidas que iniciamos e consolidaremos vão continuar o projeto vitorioso nas urnas", disse a presidenta em tom otimista. Dilma também disse que é preciso manter o desenvolvimento econômico do país, apesar do cenário internacional desfavorável.
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"Precisamos de reequilíbrio fiscal para recuperar o crescimento da economia [...] garantido a continuidade da criação de emprego e desenvolvimento da renda.", declarou Dilma, que também defendeu para que haja "continuidade" em seu governo com mudanças. Falando sobre o equilíbrio fiscal, a presidenta contou que este deve ser feito de forma gradual para que haja manutenção dos programas sociais.
"São passos na direção de um equilíbrio fiscal que irão permitir preservar os programa sociais, por exemplo Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família, Mais Médicos [...] e o ProUni", disse Dilma. Sobre os direitos dos trabalhadores, a presidente foi enfática: ""os direitos trabalhistas são intocáveis, e não seremos nós, um governo dos trabalhadores, que irão revogá-los", declarou.
Dilma reafirmou o "compromisso de lisura com o dinheiro público" com a confirmação da autonomia dos órgãos públicos de investigação, como a Polícia Federal, e comentou sobre as investigações na Petrobras. "Temos que, principalmente, criar mecanismos que evitem que episódios como este voltem a ocorrer. Temos que saber apurar e punir, sem diminuir a Petrobras", disse a presidenta.
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Ainda falando sobre corrupção, Dilma declarou que o combate aos corruptores e corruptos irá continuar no seu segundo mandato. Também comentou que a punição não pode prejudicar as empresas. "Temos que saber punir o crime sem prejudicar a economia e o emprego no país. Temos que fechar a porta para a corrupção [...] isso não pode significar prejudicar as empresas", disse Dilma, que encerrou o discurso esperando "muita cooperação" dos ministros.