Por paulo.lima
São Paulo, SP - Em meio a crise hídrica que se alastra pelo estado de São Paulo, o advogado Antônio Silva, de 50 anos, garantiu por lei o direito de não ter o fornecimento interrompido em sua casa na Vila Medeiros, na Zona Norte da capital paulista. Caso a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) descumpra a decisão, terá que pagar uma multa diária de R$ 200.
O advogado entrou com uma ação em maio de 2014, argumentando que não poderia sofrer cortes sem aviso enquanto a Sabesp não decretar oficialmente o racionamento. De acordo com a companhia, a Vila Medeiros tinha queda de pressão na água (que pode ocasionar a falta) todos os dias, das 13h às 4h. Para cumprir a ordem, a Sabesp instalou um aparelho que mede a pressão da água que chega ao imóvel.
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"Muitos consumidores deveriam ter feito o mesmo que eu desde o começo", afirmou Antônio, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. O aparelho foi instalado no dia 29 de dezembro, quando saiu a sentença que confirmou a decisão da liminar em primeira instância. Em nota, a companhia que abastece a cidade de São Paulo informou que vai recorrer, pois "neste momento crítico, o interesse coletivo deve vir acima do interesse particular".