São Paulo - Raquel Pacheco Machado de Araújo saiu vitoriosa em um processo movido pelo jornalista e escritor Jorge Roberto Tarquini contra ela. Na última quarta-feira, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça entendeu que Roberto não é autor do livro "O Doce Veneno do Escorpião", que narra a vida da ex-garota de programa, que ficou conhecida em todo o país como Bruna Surfistinha.
O jornalista travava uma disputa na Justiça com Rachel e a Editora Original. Ele queria ser reconhecido como autor exclusivo e ser remunerado pela publicação e venda da obra em outras línguas e países, e também pela sua adaptação para o cinema.
Para o relator do processo, o ministro Paulo de Tarso Sanseverino, Tarquini foi contratado como "ghost writer", um profissional que presta serviço de redação de textos para pessoas que desejam contar suas experiências em livro, mas que carecem de tempo ou habilidade para escrevê-lo.
Ainda de acordo com Sanseverino, a Justiça de São Paulo, onde o processo foi aberto, ao negar o pedido do jornalista em primeira e segunda instância, destacou que ele sempre teve ampla ciência de que não seria considerado autor da obra. Segundo o processo, Tarquini firmou contrato como prestador de serviço, na qualidade de redator, como profissional de comunicação.
Segundo a decisão da Justiça paulista, as provas do processo apontam que a personagem Bruna Surfistinha e os relatos constantes no livro são baseados na vida de Raquel Pacheco como profissional do sexo, com experiências vivenciadas e contadas por ela em seu blog e nas entrevistas concedidas ao redator, sendo o jornalista responsável apenas por organizar os fatos e as histórias contadas.
