Rio - Protestos que tomaram as ruas do Brasil neste domingo repercutiram na imprensa internacional, que destacou que cerca de 1 milhão de pessoas se reuniram contra a corrupção, pela saída da presidenta Dilma Rousseff do poder e alguns pela volta do regime militar. A respeito dos motivos que levaram o povo às ruas, todas as publicações relataram o escândalo da Petrobras e o britânico The Guardian chamou a economia brasileira de "moribunda". O direito à livre manifestação após anos de ditadura militar também foi lembrado pelas publicações.
O fato da presidenta ter sido eximida das investigações no escândalo de corrupção também teve destaque em reportagens como a da BBC britânica, segundo a emissora, manifestantes alegavam que Dilma fazia parte do conselho da estatal e deveria saber do que ocorria na empresa. O New York Times também chamou atenção para o fato e destacou o que chamou de "esquemas elaborados de corrupção que envolviam a campanha eleitoral de 2010 de Dilma".
A CNN reuniu depoimentos de brasileiros que participaram dos protestos na Avenida Paulista, revelando que o movimento era apartidário e contra a corrupção. A emissora norte-americana destacou que o governo petista luta com uma economia fraca e um escândalo massivo de corrupção envolvendo sua a maior companhia estatal.
Nosso vizinho sul-americano o argentino Clarín acompanhou as manifestações, que classificou como "enormes". Já o La Nación destacou o "Fora Dilma!", mostrando que o movimento era pacífico e reunia pessoas de todas as idades. O espanhol EL País anunciou que o "Brasil saía às ruas contra a plítica de Dilma Rousseff" e que os manifestantes aguardam uma resposta da presidenta.
O Le Monde, principal jornal francês, registrou em vídeo as manifestações nas principais cidades brasileiras e deu mencionou a Operação Lava Jato para explicar a insatisfação da população. A "economia à beira da recessão" foi um dos destaques da reportagem.
