Por victor.duarte

Brasília - O procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, informou ontem que congelou US$ 400 milhões — equivalentes a R$ 1,3 bilhão - e abriu nove investigações sobre o esquema de desvio de recursos da Petrobras. Do total, segundo o Ministério Público suíço, US$ 120 milhões foram devolvidos ao Brasil.

Lauber participou ontem em Brasília de reuniões com procuradores brasileiros, alguns da Operação Lava Jato. “Não toleramos o uso do sistema bancário suíço para corrupção e lavagem de dinheiro”, disse.

Em nota, a procuradoria suíça afirmou ter recebido cerca de 60 relatos de suspeitos de lavagem de dinheiro ligados à corrupção na Petrobras. Até agora, diz a nota, 300 contas bancárias de 30 bancos na Suíça foram vasculhadas por “aparentemente” integrar o esquema de desvios de dinheiro.

Segundo os bancos suíços, a maioria dos beneficiários dessas contas são empresas, altos executivos da Petrobras e fornecedores — todos ligados, direta ou indiretamente, com as suspeitas de propina na estatal.

Só o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que admitiu ter recebido propina do esquema, se comprometeu a repatriar US$ 67 milhões dos US$ 97 milhões que diz manter em contas na Suíça. Segundo os procuradores brasileiros, R$ 182 milhões desse montante já foram devolvidos ao Brasil.

As autoridades da Suíça informaram ainda que abriram investigação contra oito brasileiros, além de outras pessoas que ainda não podem ser identificadas. O procurador-geral suíço classificou o caso Petrobras como “importante”.

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