Por victor.duarte

Brasília - O juiz federal Sergio Moro, responsável pelo inquérito da Operação Lava Jato na primeira instância, decretou nesta quarta-feira nova ordem de prisão preventiva para o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.

Baiano é apontado como um dos operadores do esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras e pagamento de propina a partidos e agentes políticos. Ele teve a primeira prisão preventiva decretada em 21 de novembro de 2014 e está preso na superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Lobista teve a primeira prisão preventiva decretada em 21 de novembro de 2014 Geraldo Bubiak

Conforme a decisão, a segunda ordem de prisão contra Baiano foi determinada a partir do levantamento do sigilo sobre o conteúdo dos depoimentos prestados no acordo de colaboração premiada celebrado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.

Segundo consta na decisão de Moro, o doleiro Alberto Youssef afirmou que em 2009 “houve uma situação de emergência relacionada à criação de uma CPI pelo PSDB, visando a investigar a Petrobras, sendo que, com o pagamento de cerca de R$ 10 milhões para os parlamentares Sergio Guerra, Eduardo da Fonte e Ciro Nogueira, a questão foi resolvida” e que Baiano participou “diretamente” da operação. O pagamento de propinas a parlamentares federais para obstruir a CPI também foi confirmada por Paulo Roberto Costa, conforme o juiz.

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