Por tamara.coimbra

Brasília - A ex-presidenta da Petrobras Graça Foster foi chamada pela CPI da Petrobras para prestar depoimento na manhã desta quinta-feira sobre os escândalos de corrupção da estatal. Ela foi convidada pelo presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), em substituição a Julio Faerman, ex-representante da empresa holandesa SBM Offshore no Brasil. 

Graça Foster iniciou sua fala dizendo que é a primeira vez que vai à CPI como uma cidadã comum, sem ser a presidente da companhia. A ex-dirigente da Petrobras afirmou nesta quinta que a companhia foi surpreendida com a deflagração da Operação Lava Jato em março do ano passado. Segundo ela, a operação "trará muitos aprendizados para a estatal".

"Essa operação atrasa nosso balanço e isso dificulta acesso ao mercado financeiro. Mas, em 2014, com toda dificuldade batemos todos os recordes da Petrobras", ressaltou Graça.

Graça Foster declarou que quem descobriu a corrupção na Petrobras foi a PF e não um auditor externo Agência Brasil

De acordo com a ex-presidente, não foi um auditor externo, nem a própria Petrobras que descobriu a corrupção na estatal. "Eu entendo que o descobridor da corrupção foi a polícia federal, mas não posso negar que tanto TCU quanto CGU colaboram, com suas exigências, na nossa gestão"

Hugo Motta teve que acalmar os ânimos de alguns deputados presentes que começarem a criticar os questionamentos "brandos" que nada tinham a ver com o tema corrupção e sim com "extração do gás de xisto", por exemplo, do relator deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) para Graça Foster.

Esta é a segunda vez que a ex-presidente fala a parlamentares. Em 2014, Foster falou à CPI mista, com deputados e senadores.

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