Por bferreira

São Paulo - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi vaiado ontem por manifestantes, que acabaram retirados à força por policiais militares do plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Hostilizado, Cunha foi acusado pelos manifestantes de ser corrupto, machista e racista. Houve um beijo gay, além de faixas e cartazes pedindo uma assembleia constituinte já.

Diante dos protestos e xingamentos, Cunha reagiu e chamou o grupo de cerca de 20 pessoas, integrantes do movimento Juntos! — ligado ao Psol —, de intolerante. “A educação manda que a gente aprenda a escutar para protestar”, disse Cunha, no momento em que tentava começar seu discurso.

Mal começou a sessão da Alesp, Cunha foi recebido com vaias. Ele tentou iniciar seu discurso, mas não conseguiu diante dos gritos dos manifestantes, e a sessão teve que ser suspensa por 10 minutos. Um deputado pediu que as galerias fossem esvaziadas. A Polícia Militar retirou o grupo da Alesp.

Um deles chegou a invadir a área restrita para deputados, mas também foi levado por policiais. Manifestantes gritavam “constituinte já”, “fora cunha”, “corrupto, homofóbico e machista” e “democracia”.

“Ali, não eram pessoas que querem participar de uma audiência pública. Eram pessoas escaladas para fazer movimento político. Ali, não havia debate, mas guerra. Um grupo colocado exclusivamente com essa finalidade”, disse Cunha, ao deixar a Assembleia. Ele atribuiu o protesto a militantes do PT e do Psol.

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