Por clarissa.sardenberg

Rio - A presidenta Dilma Roussef vai exigir que o presidente Barack Obama retire seu nome da lista de líderes estrangeiros espionados pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, em inglês). Essa seria a condição imposta pela presidenta para reagendar a visita de Estado a Washington, cancelada em outubro de 2013 após as denúncias do ex-agente Edward Snowden, segundo o jornal Folha de S. Paulo. A conversa dos dois vai acontecer pouco antes da Cúpula das Américas.

A chanceler alemã Angela Merkel já foi retirada publicamente da lista de líderes mundiais espionados pela NSA. O Conselho Nacional de Segurança dos EUA está revendo essa lista, no entanto, segundo o New York Times publicou em fevereiro, líderes do Brasil e México continuam sob espionagem.

Presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff na Cúpula do G-20%2C em Brisbane%2C na Austrália Reuters

De acordo com a reportagem do jornal de São Paulo, Dilma teria ficado "fora de si" e vai exigir do presidente norte-americano uma "garantia" de que não figura mais entre os nomes espionados. Apenas após isso ela dará início aos diálogos ministeriais na Casa Branca, sede do governo dos EUA.

No início de março, o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ligou para Dilma para "revisar os esforços conjuntos para promover o diálogo e a cooperação" entre os dois países, informou a Casa Branca. Biden e Dilma conversaram sobre temas como "a segurança, a energia, o comércio e a cooperação global", disse a Casa Branca em um breve comunicado, no qual incluiu que o vice-presidente americano ressaltou a "importância estratégica" da relação bilateral. 

Você pode gostar