São Paulo - Líder do grupo de rap Racionais MCs, Mano Brown deixou a delegacia por volta das 21h desta segunda-feira. Mais cedo, o cantor foi preso por desobediência, desacato e resistência, após tentar furar uma blitz na Zona Sul de São Paulo. Ele prestou depoimento na 37ª DP (Campo Limpo) e foi liberado depois que assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência. Muitos fãs, amigos e jornalistas foram ao local ouvir declarações do músico, que preferiu ficar calado.
De acordo com a Polícia Civil, tanto o licenciamento do carro quanto a habilitação de Brown estavam vencidos. Ao se deparar com os policiais, o cantor teria tentado passar sem parar e ainda teria ofendido os militares.
Na delegacia, o advogado do rapper, Raphael Ornaghe, conversou com jornalistas e negou que seu cliente tenha sido violento com os PMs que faziam a blitz. "Eles ordenaram que Brown colocasse a mão sobre o capô, colocaram os braços dele para trás, e então ele pediu calma aos policiais. Ele foi algemado e jogado ao chão. Temos provas que mostram isso. Elas serão anexadas posteriormente aos autos", declarou Ornaghe.
Fã declarado de Mano Brown, o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, também foi à delegacia intervir no caso e conversar com o músico.
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De acordo com o "Brasil Urgente", da Band, ao descer de seu carro, Brown teria dito que era "perseguido" pela polícia. Ele também teria se recusado a ir para a delegacia, dando início à confusão.
Esta não foi a primeira vez que o artista foi detido. Brown já foi parar na delegacia em outros dois episódios. O primeiro, em 2004, também por desacato e o segundo, em 2009, por ser suspeito de participar de uma briga de torcida.
Após o músico ser solto, uma publicação na página do grupo de rap dizia: "Obrigado ao apoio de todos vocês nesse episódio de hoje".