Por tamara.coimbra

Brasília - A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira a 11ª fase da Operação Lava Jato, intitulada A Origem, que investiga desvios de recursos na Petrobras. De acordo com o jornal 'Folha de S. Paulo', três ex-deputados foram presos nesta manhã pelos agentes federais, sendo eles: André Vargas (ex-PT-PR), Luiz Argôlo (ex-PP e atualmente, Solidariedade-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE), qua já cumpre prisão pelo mensalão do PT.

Nova fase da Lava Jato investiga Caixa e Ministério da Saúde

Cerca de 80 policiais federais cumprem 32 mandados judiciais: sete de prisão, nove de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão nos estados do Paraná, da Bahia, do Ceará, de Pernambuco, do Rio de Janeiro e de São Paulo e no Distrito Federal. Segundo a PF, também foi decretado o sequestro de um imóvel de alto padrão na cidade de Londrina, no Paraná.

Os ex-deputados André Vargas%2C Luiz Argôlo e Pedro Corrêa são presos em nova fase da Operação Lava JatoReprodução Internet

Além dos ex-deputados, também foram detidos Ivan Mernon da Silva Torres, Élia Santos da Hora — secretária de Argôlo —, Ricardo Hoffmann, que é diretor de uma agência de publicidade, e o irmão de André Vargas, Leon Vargas.

De acordo com a PF, a atual fase tem como bases a investigação feita em diversos inquéritos policiais e a baixa de procedimentos que tramitavam no Supremo Tribunal Federal, apurando fatos criminosos atribuídos a três grupos de ex-agentes políticos, que abrangem os crimes de organização criminosa, quadrilha ou bando, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude em procedimento licitatório, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e tráfico de influência.

O órgão informou que a investigação abrange, além de fatos ocorridos no âmbito da Petrobras, desvios de recursos em outros órgãos públicos federais.

Os presos serão levados para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da Justiça Federal.

Roedores são doados a deputados e seguranças

Os roedores que foram jogados entre os deputados na sessão da CPI da Petrobras anteontem já têm destino. Líder da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Animais, o deputado Ricardo Izar Júnior (PSD-SP) resgatou os animais. Segundo ele, cerca de 900 pessoas manifestaram interesse em ficar com ele.

São dois hamsters e três esquilos da Mongólia. Izar ficará com um, e o deputado Laudívio Carvalho (PMDB-MG) ficará com outro. “Por orientação da veterinária que atendeu os roedores, eles não poderiam viajar. Então, resolvi entregar o esquilo para minha secretária, que tem um filho de 8 anos”, contou Izar, que acompanhou o atendimento aos animais depois que foram resgatados no plenário da CPI.

Outros dois roedores ficarão com seguranças da Câmara que atuaram no “resgate”. O quinto ‘ratinho’ se tornará mascote da Sala de Recursos em Alta Habilidades e Superdotação. Apenas um dos animais jogados no início do depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, à CPI apresentou ferimento.

Os bichinhos foram soltos pelo funcionário Márcio Martins de Oliveira, que trabalhava no gabinete do vice-presidente da Câmara, deputado Giacobo (PR-PR). Antes, o servidor comissionado, que foi exonerado, era lotado no gabinete do deputado Paulino da Força (SD-SP).

Integrante do movimento defesa dos animais, o deputado Laudívio Carvalho reclamou do uso dos cinco roedores para tumultuar a sessão da CPI. “Esse ato foi um desrespeito com a Câmara. Uma grande afronta aos parlamentares que estavam ali trabalhando”, afirmou.

Perguntado sobre as piadas que comparam políticos a ratos, Carvalho demonstrou indignação. “Não tive tempo de tratar desse assunto com meus colegas de plenário. Não fui eleito para ficar lendo brincadeiras nas redes sociais, nem para ficar curtindo charges. Estava trabalhando”. (Leandro Resende)

Com informações do iG

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