Por tiago.frederico

São Paulo - A Polícia Civil reabrirá a investigação do assassinato de Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro do grupo empresarial Yoki, morto em 2012. A instauração do novo inquérito policial sobre o caso foi realizada a pedido do Ministério Público do Estado de São Paulo, neste sábado.

Em nota da Secretaria de Segurança Pública, o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) afirma que a nova investigação tem o objetivo de descobrir se Elize Araújo Kitano Matsunaga teve colaboração de outra pessoa no homicídio de Marcos.

Elize Matsunaga e Marcos Kitano MatsunagaReprodução Internet

A suspeita vem desde a época do crime, confessado por Elize. De acordo com a investigação, após uma discussão sobre uma suposta amante de Marcos, no dia 19 de maio, ela atirou no marido a curta distância, o asfixiou e o decapitou. Depois, esquartejou o corpo no banheiro, guardou em três malas e, na manhã seguinte ao assassinato, espalhou partes dele em uma estrada na Grande São Paulo. A faca e as malas foram encontradas em uma lixeira de um shopping próximo dali.

Relembre o caso

As partes do corpo de Marcos, incluindo a cabeça, foram encontradas no dia 27 de maio, na região de Cotia. No dia seguinte, houve o reconhecimento formal do corpo pelos familiares do empresário. De acordo com os investigadores do DHPP, durante toda a madrugada da data foram feitas diligências pelos policiais no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo, nas quais foi utilizado luminol, um reagente químico que localiza manchas de sangue.

De acordo com os investigadores, o casal chegou junto ao prédio onde morava no dia 19 de maio na companhia da filha de pouco mais de 1 ano e das empregadas que trabalhavam no apartamento. No dia seguinte, os empregados foram dispensados e Elize e Marcos ficaram sozinhos com a criança no local.

No dia 19, as câmeras do circuito interno registram o ex-diretor da Yoki descendo no elevador para pegar uma pizza. Ele nunca mais foi visto. Na manhã seguinte, Elize deixa a residência por volta das 11h30 carregando malas e passou 12 horas ausente. Uma babá teria retornado ao apartamento às 5 horas da manhã, mas Elize só retornou às 23h50, já sem as malas.

Elize confessou o crime formalmente, após inicialmente ter negado sua autoria. A assassina confessa do marido hoje está presa na Penitenciária de Tremembé II, a mesma onde vive Suzane von Richthofen. No ano passado, a Justiça negou pedido de liberdade de sua defesa. Ela ainda aguarda julgamento.

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