Por clarissa.sardenberg

São Paulo - O vídeo de uma mulher sendo agredida por um então PM ao tentar entrar em uma agência bancária em 1° de agosto de 2014 ganhou notoriedade nas redes sociais nesta semana. Luiz Fabiano de Aquino, de 36 anos, não se arrepende de ter retirado a médica Claudia Moss à força da porta de uma agência bancária na Vila Olímpia, na Zona Sul de São Paulo, de acordo com o G1 na noite desta segunda-feira. "Não bate arrependimento até hoje. Tenho a certeza de que cumpri o meu dever”, declarou.

O ex-PM afirma ter feito o melhor para os presentes no banco. Segundo Aquino, a médica cometeu um crime pois, de acordo com seu relato, estava há mais de 30 minutos parada na porta, "impedindo o direito de ir e vir dentro da agência."

Ele conta que tentou ser educado e até mesmo chamou Claudia de "senhora", mas depois de ter dado a ordem para que ela se deixasse a agência, segundo ele, Claudia cometeu outro crime: desobediência. O tombo de Claudia foi acidental, segundo ele, já que ela "atuava com uma força contrária."

Mulher que foi agredida por então PM em banco diz ter ficado com hematomas Reprodução Internet

As imagens que circulam nas redes sociais mostram Claudia discutindo com o homem e em seguida sendo puxada pelas duas mãos. A mulher perde o equilíbrio e cai no chão. Enquanto outros clientes gritam, Claudia levanta e tenta ir ao interior do banco novamente. “Senhora, eu posso usar de força para tirar. Eu te chamei dez vezes”, afirma Aquino na imagem.

Claudia contou no Facebook que acionou a PM após a porta giratória bloquear sua entrada vezes seguidas. Segundo ela, os armário na entrada estavam "lotados ou quebrados" e seguiu a orientação do segurança. “Retornei três vezes à linha amarela. Despejei o conteúdo da bolsa no chão, expliquei o motivo de eu ter ido ao banco”, disse.

“Como me recusasse a sair do banco, fui arrastada e jogada com violência contra a parede de vidro, caindo ao chão. Enfim. Hematomas por todo lado e o brio no chão”, afirmou.

Discordando da forma "educada" com a qual Aquino agiu, a Polícia Militar exonerou o então soldado no dia 22 de outubro de 2014, segundo o Diário Oficial do estado. “O policial militar que aparece na filmagem foi exonerado. A conduta do policial militar é inadmissível”, informou a PM em nota.


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