Paraná - Juristas e professores universitários do Paraná se uniram para entregar na próxima segunda-feira, à Assembleia Legislativa do estado, pedido de impeachment do governador Beto Richa (PSDB). O grupo já havia feito um julgamento simbólico na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em que considerou Richa responsável pela violência da Polícia Militar contra professores em greve e outros servidores durante manifestação que terminou com mais de 200 pessoas feridas, no dia 29 de abril, em Curitiba.
A petição online com o pedido de impeachment do governador Beto Richa já contabilizava mais de duas mil assinaturas no início da noite desta sexta-feira. A proposta de entrar com um pedido de afastamento do político tucano foi idealizada pelo professor de Direito Tarso Cabral Violin, um dos que foram agredidos por policiais no dia da ação contra a greve. O pedido tem o apoio de outros professores, além de alunos, ativistas e de organizações da sociedade civil.
Os professores do Paraná estão em greve há cerca de um mês. Uma reunião entre o sindicato da categoria e o governo do estado terminou sem acordo na terça-feira.
A entidade pede reajuste de 8,17%, enquanto a gestão de Richa oferece 5%. Segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná, a ação da PM no dia 29 de abril deixou 392 feridos.