Por paulo.gomes

Rio - Auditoria feita pela Controladoria Geral da União (CGU) no Programa Universidade Para Todos (ProUni) descobriu que o nome de pelo menos 47 pessoas que já morreram e de outras 4.421 com renda familiar acima do máximo exigido estão na lista dos beneficiados. Também há seis estudantes que recebem duas bolsas. Criado em 2004, o ProUni concede bolsas de estudo em faculdades particulares.

O trabalho atestou falhas no sistema de controle e apurou que 12,2% dos candidatos investigados não se enquadram em ao menos um critério para pagamento da bolsa, como escolaridade, local de morada e renda. E pelo menos 58 não poderiam ser beneficiados porque são estrangeiros sem naturalização como brasileiros.

A Controladoria avaliou cursos, universidades, candidatos e bolsistas de todo o país em relação a cumprimento das exigências, frequência e desempenho acadêmico dos beneficiados. Foram feitas 291 fiscalizações e analisados dados do ProUni de 2005 a 2012.

A identificação dos mortos foi feita a partir do cruzamento de dados do Sistema Informatizado de Controle de Óbitos e do ProUni. Num dos casos, o beneficiado já havia morrido quando passou a ser bolsista.

Em nota, a Controladoria Geral da União debita os desvios a “problemas na alimentação dos dados do Sistema Informatizado do ProUni (SisProUni) pelas instituições de ensino, bolsistas com desempenho acadêmico inferior ao estipulado, inconsistência no que a instituição informava sobre bolsas do ProUni e as vagas efetivamente oferecidas no vestibular, entre outros”.

O órgão sugere ao Ministério da Educação (MEC) que adote critérios mais rigorosos de controle das informações incluídas no SisProUni e que melhore a gestão do ProUni. O ministério alega que já aumentou o controle das informações fornecidas pelas instituições.

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