Por bferreira

Brasília - O presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou ontem, por meio de sua conta pessoal no microblog Twitter, que a advogada Beatriz Catta Preta deve ser “responsabilizada” caso não esclareça quais integrantes da CPI da Petrobras teriam a ameaçado e de que forma isso ocorreu. Nas mensagens que publicou na rede social, Cunha ressaltou que determinará que a Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados faça interpelação judicial para que a criminalista dê detalhes sobre as supostas ameaças veladas. Na visão dele, as acusações dela atingem a casa legislativa “como um todo”.

Beatriz Catta Preta acompanha depoimento de seu cliente Pedro Barusco na CPI%2C em marçoZeca Ribeiro/ Agência Brasil

A criminalista, considerada uma das maiores especialistas em delações premiadas do país, deixou a defesa de nove investigados pela Operação Lava Jato alegando ter sofrido “ameaças veladas” de parlamentares que integram a comissão parlamentar de inquérito.

A denúncia de Beatriz Catta Preta foi feita em uma entrevista na última quinta-feira ao ‘Jornal Nacional’. Na ocasião, além de explicar que se afastou dos clientes da Lava Jato porque se sentia ameaçada e intimidada por integrantes da CPI da Petrobras, ela afirmou que, devido às supostas ameaças, fechou o escritório e decidiu abandonar a carreira.

“A mesa diretora da Câmara tem a obrigação de interpelá-la judicialmente para que diga quais ameaças sofreu e de quem sofreu as ameaças”, escreveu Cunha. “A sua acusação (de Catta Preta) atinge a CPI como um todo, e a Câmara como um todo, devendo ela esclarecer ou ser responsabilizada por isso. Determinarei à Procuradoria Parlamentar da Câmara que ingresse com a interpelação judicial na semana que vem, independentemente da CPI”, completou.

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