Por gabriela.mattos

Mato Grosso do Sul - O pastor evangélico, de 52 anos, suspeito de estuprar um menino de 10 anos em troca de um par de chinelos e videogame confessou à polícia nesta terça-feira que cometeu o abuso sexual "em nome da glória de Deus". O crime ocorreu nesta segunda-feira, no bairro de Buriti, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Segundo o delegado Reginaldo Salomão, da Polícia Civil, o acusado é um "dissimulado" e que, apesar de ter admitido o estupro, ele preferiu não dar detalhes sobre a situação.

Ao chegar na delegacia, os agentes levaram a criança para o exame de corpo de delito e detectaram fissuras anais com sinais de sangramento. O pastor, que é tio-avô do menino, foi autuado em flagrante e, de acordo com Reginaldo, não se mostrou arrependido do crime.

O delegado destacou ainda que o suspeito estava em liberdade condicional desde agosto do ano passado. Anteriormente, ele havia sido preso por ter estuprado um outro menor de idade e cumpria uma pena de regime fechado. Se for condenado, o pastor agora pode pegar de 8 a 15 anos de prisão, afirma Reginaldo. 

Delegado disse que suspeito de ter estuprado a criança é um 'dissimulado'Reprodução TV Morena

Nesta segunda-feira, o menino havia sido deixado pelos pais na casa da avó, já que eles não poderiam ficar com a criança durante o dia, por terem que ir trabalhar. Um primo flagrou o irmão da avó no momento em que ele praticava o abuso sexual, e depois contactou logo a polícia. Os agentes foram até a casa da família e autuaram o suspeito em flagrante.

Reginaldo contou que a avó do menino foi autorizada a acompanhar as investigações e o depoimento do irmão dela. Apesar de ter admitido o crime, a idosa não acreditou nas palavras do pastor, disse o delegado.

"Ele chegou a ajoelhar na frente dela, disse para a família orar por ele. Na verdade, é um dissimulado. Ele sabia bem o que estava fazendo. Planejou tudo. Quando está apenas com os policiais, ele conversa normalmente. Mas, na frente da família, utiliza esse subterfúgio de dissimulação e afirma que está sendo incompreendido", alega Reginaldo.

Reportagem de Gabriela Mattos

Você pode gostar