Por gabriela.mattos

São Paulo - O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e mais 14 pessoas se tornaram réus na Operação Lava Jato, que apura o escândalo de corrupção envolvendo contratos da Petrobras. A acusação foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) no início do mês e aceita pelo juiz federal Sérgio Moro. Todos os envolvidos serão réus e irão responder pelos crimes que são acusados.

Dirceu responderá por organização criminosa, corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido R$ 11,8 milhões em propina, de acordo com as investigações.

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto é acusado de corrupção passiva qualificada. Executivos e lobistas como Júlio Camargo, autor das acusações contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também viraram réus: no caso deste, por lavagem de dinheiro. No despacho que aceitou a denúncia contra os agora réus, o juiz federal Sérgio Moro destacou que foram deixados de fora os possíveis pagamentos de vantagens indevidas a autoridades com foro privilegiado, ou seja, políticos em geral.

“Não obstante, quanto a estes fatos, tanto o crime de corrupção ativa, quanto o crime de corrupção passiva, são da competência do Supremo Tribunal Federal. Já tramitam por aquela Suprema Corte os processos pertinentes”, observou.

Em coletiva, o procurador da República Deltan Dallagnol afirmou que a denúncia envolve atos ilícitos no âmbito da diretoria de Serviços da Petrobras, e abrange 129 atos de corrupção ativa e 31 atos de corrupção passiva, entre os anos de 2004 e 2011. O valor desviado é estimado em cerca de R$ 125 milhões.

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