Por bferreira

São Paulo - O Exército decidiu instaurar Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar e punir os responsáveis pelo vazamento na internet da ficha de alistamento obrigatório da adolescente transgênera Marianna Lively, 18 anos. Ela se alistou na quarta-feira passada, em Osasco, na Grande São Paulo. Depois da divulgação das fotos e dos dados pessoais da jovem, ela começou a receber ligações e mensagens ofensivas e a ter a casa “vigiada” por militares.

Marianna Lively%2C de 17 anos%2C teve suas fotos divulgadas por um soldado que a atendeu no quartel%2C onde resolvia pendênciasReprodução Facebook

Em nota, o Exército afirmou que “não discrimina qualquer pessoa em razão da raça, credo, orientação sexual ou outro parâmetro”. Argumentou ainda que “o respeito ao indivíduo e à dignidade da pessoa humana, em todos os níveis, é condição imprescindível ao bom relacionamento de seus integrantes com a sociedade”.

Imagens da estudante em um pátio do quartel e do Certificado de Alistamento Militar, com dados pessoais como nome de registro, data de nascimento e CPF, se espalharam por grupos de Whatsapp e páginas do Facebook.

“Não deixarei passar batido, pois não quero que outras pessoas passem pelo mesmo, ou até pior”, escreveu Marianna, em desabafo pelo Facebook. Uma denúncia também foi feita à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

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