Por bferreira

São Paulo - Numa decisão inusitada, o júri popular de Rio Claro, cidade a 175 quilômetros da capital São Paulo, absolveu ontem Roberto Rodrigues de Oliveira, acusado de matar o irmão Geraldo a tiros em 2011. Roberto simulou um assalto para assassinar Geraldo, que era tetraplégico e pediu para ser morto. Roberto foi preso três dias após o crime, mas logo foi solto e desde então respondia em liberdade por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.

Geraldo (foto) era tetraplégico e pediu para irmão Roberto matá-loReprodução

A sentença favorável ao réu já era esperada pelo advogado de defesa Edmundo Canavezzi. “Roberto foi perdoado pela família e esse peso ele vai carregar pelo resto da vida. Os jurados acolheram a minha tese de que não se poderia esperar dele outra atitude senão àquela a qual ele adotou”, afirmou o advogado.

Sete jurados participaram do júri. “Não dá para saber se a decisão foi unânime porque pela atual legislação processual penal quando se atinge o número de quatro votos o juiz encerra a votação”, disse Canavezzi.

O homicídio ocorreu em outubro de 2011. Durante as investigações, a polícia descobriu que Geraldo pediu a Roberto que planejasse um meio de matá-lo, simulando um assalto. Um sobrinho adolescente que morava com a vítima foi a única testemunha.

Para simular o assalto, Roberto invadiu a casa do irmão encapuzado e roubou R$ 800. Geraldo foi atingido no ombro e no pescoço. Em meio às investigações, o sobrinho confessou que tudo tinha sido combinado entre eles.

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