O The Washington Post afirmou que a presidente enfrenta o risco de impeachment em meio a outras “desgraças”, destacou. O jornal americano classificou o congresso brasileiro como "inimigo jurado da líder sitiada". Ainda de acordo com a publicação, a maioria dos analistas políticos diz ser improvável que se alcance dois terços dos votos na Câmara dos Deputados. "Rousseff contesta fortemente as acusações", diz, ainda, o periódico. Ainda sobre a presidente, o Washington Post diz que "ela mesma não enfrenta acusações de irregularidades no escândalo de corrupção".
O The New York Times também destacou em sua página online a situação da presidente. O jornal considera Cunha como "um parceiro rebelde da coalizão governista", e diz que ele próprio está "lutando pela sobrevivência política em face dos pedidos de sua expulsão" e várias investigações por corrupção. A reportagem lembra que "dezenas de políticos, incluindo Cunha", têm sido implicados em um escândalo de corrupção na estatal Petrobras. Para o Times, o Brasil está "estilhaçando sob o peso da pior recessão do Brasil em 25 anos e de um escândalo de corrupção maciça".
Já o espanhol El País, diz que o governo Dilma está ofuscado pela crise política e econômica na qual o Brasil está imerso. O jornal ressaltou a fala de Cunha, que disse que a decisão não foi feita por "motivação política", chamando-o de "todo-poderoso líder da Câmara". De acordo com o espanhol, "o ultraconservador está envolto no escândalo da Petrobras e é dono de supostas contas milionárias na Suíça, que tudo aponta que tenham sido alimentadas graças a subornos". O El País chama a economia brasileira de "moribunda" e diz que ela é afetada pela crise política que se apoderou do país.
O La Nácion da Argentina destacou que a crise política no Brasil chegou nesta quarta ao seu ponto de ebulição. De acordo com o argentino, Cunha “ encurralado com a perspectiva de perder seu cargo por acusações de corrupção no escândalo de suborno da Petrobras”, surpreendeu ao aceitar um dos pedidos de impeachment contra o presidente Dilma Rousseff”. O jornal relembrou também o último caso de um presidente que passou por esse processo foi Fernando Collor de Mello, em 1992.
Outro jornal argentino que destacou o processo de impeachment de Dilma, foi o Clarín. Para o jornal a presidente Dilma estava de “costas para a parede”e que o goverrno deverá recorrer ao Supremo Tribunal Federal contra a decisão. O Clarín afirmou que a decisão de Cunha foi uma”chantagem”.
O francês Le Monde destacou que “a ameaça de impeachment ronda sobre o Brasil”. O jornal da França afirmou que Cunha, já foi aliado da presidente, agora é o “seu principal rival”. O jornal seguiu dizendo que “ nas ruas de São Paulo, o anúncio da abertura do processo de impeachment foi bem acolhida por manifestações que vêm exigindo há meses que a (presidenta) saída do comando”.