Por clarissa.sardenberg
Rio - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, acertou sua demissão com a presidenta Dilma Rousseff há alguns dias, segundo o jornal "Valor Econômico" nesta quarta-feira. Levy teria acordado permanecer no Ministério enquanto o governo procura por um substituto e a situação política ainda é instável. O Planalto pediu a Levy que essa transição seja feita de maneira "suave e discreta" para evitar ao máximo impactos no mercado financeiro,de acordo comm a publicação.


Ministro Joaquim Levy já teria acertado sua demissão com a presidenta Dilma Wilson Dias / ABR

A meta fiscal para 2016, que é o corte que o governo faz para pagar os juros da dívida, pode ter sido o principal motivo para a decisão do ministro. Nesta terça-feira, a presidenta Dilma contrariou Levy e anunciou que a meta econômica ficará entre zero e 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).


Levy defendia a meta de 0,7% do PIB de superávit primário, balanço entre receitas e despesas, para o próximo ano. Para isso, o relator do Orçamento 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), indicou que deveria ser necessário cortar R$ 10 bilhões do programa Bolsa Família, ocasionando um protesto de Levy.

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"Acho um equívoco essa mistura de meta com o Bolsa Família; obviamente não fica de pé. A meta é a meta, e o Bolsa Família é o Bolsa Família. Ninguém vai querer se esconder atrás do Bolsa Família para não tomar as medidas necessárias para o Brasil ir no rumo correto", disse o ministro.
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