Por bferreira
Espírito Santo - Passados dois meses, o rompimento da barragem da mineradora Samarco, na região central de Minas Gerais, continua fazendo estragos no litoral norte do Espírito Santo. Por determinação da Secretaria de Meio Ambiente de Linhares, as praias de Pontal do Ipiranga, Degredo e Barra Seca foram interditadas com a chegada da lama de rejeitos da Samarco.
Pontal do Ipiranga%2C em Linhares%2C foi uma das praias interditadas depois da chegada da lama de rejeitosDivulgação

A tragédia de Mariana completou anteontem dois meses. Segundo a última medição feita pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema), há dois dias, a lama se estendia por 66,7 quilômetros quadrados no mar do Espírito Santo.

A prefeitura de Linhares informou que monitora a turbidez da água do mar na costa desde a chegada da lama de rejeitos, no dia 20 de novembro, e detectou uma mudança rápida nos níveis nos últimos dias.

No dia 25 de dezembro a turbidez do mar em Pontal do Ipiranga era de 7 NTU (Unidades Nefelométricas de Turbidez), mas no último domingo já chegava a 13. O índice chegou à marca de 130 NTU na manhã de ontem. Essa elevação rápida do nível indica que correntes marítimas e o vento predominantemente sul, levaram os rejeitos de minério do mar aberto para a costa.
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“Até que as condições de tempo levem esse rejeito para longe da costa, por precaução, a Prefeitura de Linhares indica que as praias estão temporariamente impróprias para banho, esportes aquáticos, pesca e demais atividades de contato primário com a água. Assim que forem constatados parâmetros aceitáveis de balneabilidade, a prefeitura informará a população”, disse o biólogo da Secretaria de Meio Ambiente, Luciano Cabral.
Antes do Pontal do Ipiranga, Degredo e Barra Seca, as praias de Regência, Povoação e Comboios foram interditadas com a chegada da lama de rejeitos. As placas avisando da interdição começarão a ser instaladas hoje.